Quando você faz a curadoria de uma exposição, tem que ver o espaço, as obras, e ai imaginar como você gostaria que o expectador / público andasse por este espaço e descobrisse as maravilhas que você está revelando com o trabalho do artista.
No caso do Suzuki, foi uma viagem mesmo, pois ele retratou objetos e paisagens além do real, era de um mundo particular, aquele que só ele via e através de suas pinturas procurava uma forma de dividir esse lugar que na nossa realidade não existe.
Ai começa a escolha das obras, e acho que a Sonia e eu tivemos muita sorte, pois obras era o que não faltava! Suzuki era um artista compulsivo, ele trabalhava sem parar, ... tivemos que fazer uma seleção por conta do tamanho das obras e do espaço fisico, muitas tivemos que excluir por falta de espaço, e outras por não fazer parte da nossa linha de percurso.
Não foi fácil, pois tivemos muitas opiniões externas, que não souberam respeitar o papel do curador, ... fazer o que!
Bom, uma vez feito as escolhas, era necessário falar com uma arquiteta cenografa, por exigencia do local. Essa viu a nossa seleção de obras, e ouviu a nossa ideia.
Depois de um mês veio o projeto cenográfico. Que alívio, ela acertou em cheio e fez um projeto lindo.
Ai começou a parte que não era das curadoras, mas quando não se tem $$$ , faz se de tudo, não é mesmo Sonia?
Começamos o restauro das obras, que não estavam em bom estado. A família do artista não tinha idéia do estado das obras e com isso, fomos atrás de informações de como limpar quadros, restaurar a maçã de resina e fibra de vidro... até curso fomos atrás! Foi muito interessante!
Acho que foi a parte que mais gostei.
Sonia e eu tivemos grandes aventuras!Bom, depois que as obras estavam "restauradas", fomos atrás do convite, catálogo, gráfica... Na nossa primeira exposição, foi algo muito relax com uma gráfica do patrocinador, não especializada no assunto, mas estavam muito interessados em aprender. Na segunda exposição, foi a gráfica que nos ensinou, e muito! Foi um pouco extressante por conta do preço cobrado ( 10 x mais que a primeira gráfica), e por conta de não termos muito o que dizer, pois o responsavel do local da expo já havia tomado conta do projeto.
Lidar com os colaboradores. Alguns são fantásticos, ajudam, ensinam, e mais do que qualquer coisa, tornam nossos amigos! Agora, tem outros... ai tem outros que ainda estou digerindo. Não é mesmo Sonia!?!?!? Nunca mais os vi, e acho que nem vou querer por um bom tempo!
Bom, voltando a curadoria. Quando esta tudo nos conformes, chega a hora de achar a transportadora que está afim de transportar uma maçã de 2,75m e pesada !!! Os quadros todos embalados, e ai apareceu o Luis! SANTO LUIS!!! Ele foi o responsável pelas 2 exposições, ida e volta, ele é MUITO bom, recomendo para qualquer pessoa!
Chega o dia da montagem. Uma vez que as obras estão lá, você só fica olhando as pessoas encarregadas pindurar, e você começa ver aquilo tudo tomar forma, É MÁGICO !!!
A exposição está pronta.
Mas não vai pensando que acaba ai... Tem jornal, televisão, radio... todos querendo que as curadoras digam algo que explique a exposição.
Shiiiiii e agora? Foi algo dificil, pois tive que lidar com timidez, medos de falar algo errado, afinal, maioria era ao vivo !!!!
SP/ TV
CONSEGUIMOS!!! UFA, FOI UM SUCESSO, TODOS FICARAM FELIZES!
Quando você faz a curadoria de uma exposição, tem que ver o espaço, as obras, e ai imaginar como você gostaria que o expectador / público andasse por este espaço e descobrisse as maravilhas que você está revelando com o trabalho do artista.
